quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Afinal o que é HPV ? O vírus do HPV não é brincadeira, portanto, a prevenção é o melhor remédio.

       HPV é a abreviatura de "Human Papilomavirus", o que significa Papilomavirus Humano também conhecido como VIRUS HPV, HPV VIRUS, condiloma acuminado, verruga genital, genital warts, crista de galo, cavalo, cavalo de crista, couve-flor, jacaré e jacaré de crista.

      Os HPVs possuem predileção por tecidos de revestimento (pele e mucosas) e provocam na região infectada alterações localizadas que resultam no aparecimento de lesões decorrentes do crescimento celular (células) irregular. Estas lesões são denominadas verrugas ou popularmente conhecidas como "crista de galo".

       Todo ano, cerca de 230 mil mulheres morrem no mundo vítimas do câncer no colo do útero. E, para o surgimento desse tipo de câncer, é necessário que a vítima tenha sido infectada pelo papiloma vírus humano, o famigerado HPV. Sim, ele é o vilão da história. Um vilão potente, uma vez que existem mais de 100 tipos, e silencioso, já que os mais perigosos não apresentam sintomas. Apesar dos números assustadores, mantenha a calma. Não é porque você recebeu um diagnóstico positivo que vai ter câncer uterino.

      Na verdade, aproximadamente 0,5% das mulheres contaminadas desenvolvem o tumor. “O HPV assusta porque origina o câncer. Mas, ao mesmo tempo, poucos casos evoluem até a doença, principalmente quando há acompanhamento médico”, afirma Neila Góis Speck, ginecologista e chefe do Ambulatório de Colposcopia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mesmo não evoluindo para o câncer, o HPV pode provocar verrugas que começam microscópicas, mas crescem a ponto de desfigurar a vagina, portanto devem ser tratadas com rapidez. A maioria das infecções por HPV é caracterizada como transitória. “Cerca de 90% dos casos são resolvidos sem maiores complicações”, diz Luisa Lina Villa, chefe do grupo de virologia e membro titular do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo.


O HPV É UM VÍRUS UNIVERSAL, QUE NÃO TEM PREFERÊNCIAS, QUER SEJA QUANTO AO SEXO, IDADE, RAÇA, LOCALIZAÇÃO.


     Pode se instalar em qualquer região do corpo, bastando haver uma porta de entrada através de micro-abrasões (micro-traumas) da pele ou mucosa. Já se detectou o vírus não só na região genital, mas também extragenital como olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, reto e uretra. E ainda, sua presença foi encontrada no líquido amniótico (líquido que envolve o feto na vida intra-uterina).

      O HPV é um vírus com DNA de dupla hélice, com aproximadamente 8.000 pares de bases nitrogenadas que codificam todas as funções do vírus. A partícula viral tem 55 nanômetros (nm) de diâmetro, sem envelope lipídico.


A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, sendo a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente.


      A maioria das situações não apresenta sintomas clínicos, mas algumas desenvolverão alterações que podem evoluir para cancro. O exame de rastreio para diagnóstico destas alterações é a citologia cervical ou Papanicolau. A infecção também pode ocorrer no homem e, embora as manifestações clínicas sejam menos frequentes do que na mulher, estima-se que 50% da população masculina esteja infectada pelo virus.

         O tratamento é demorado e depende das técnicas aplicadas. Apesar de em vários casos haver recaída, é comum em outros casos, principalmente se diagnosticado a tempo, a cura e a eliminação do vírus do organismo. As estratégias de prevenção são similares às das restantes DSTs, passando sobretudo por evitar comportamentos de risco. Existe no mercado mais de um tipo de vacina contra o HPV, que previnem a infecção por alguns dos subtipos mais frequentes de HPV, encontrando-se em discussão a sua inclusão nos planos nacionais de vacinação de diversos países.

        As opções de tratamento dependem do tipo e extensão das lesões causadas pelo HPV, podendo ser empregue um tratamento destrutivo ou excisional (destruição e/ou remoção das lesões), ou um tratamento à base de medicamentos imunomoduladores como interferão e imiquimod.

      Alguns cuidados são fundamentais na prevenção de qualquer DST como a infecção por HPV ou verrugas genitais:


1 - Reduzir o número de parceiros sexuais. Quanto maior o número de parceiros, maior o risco de contrair/transmitir qualquer DSTs, inclusive o HPV e o vírus da AIDS.


2 - Uso consistente e correto de preservativos (masculinos ou femininos), para todos os parceiros sexuais, desde o início até o fim da relação sexual. O uso de preservativos reduz muito a probabilidade de se adquirir / transmitir uma DST, inclusive o HPV e o vírus da AIDS. Qualquer DST funciona como fator facilitador na aquisição e transmissão do vírus da AIDS (HIV).


3 - Se houver suspeita de que o parceiro sexual tenha qualquer DST é altamente recomendável consultar o médico. Até que isto seja feito, também é recomendável abster-se das relações sexuais com este parceiro, até que o tratamento seja realizado, se for o caso.

4 - Não se auto-medicar, pois desta forma a DST pode ser "mascarada", ou seja, parece que foi tratada mas continua ativa.


5 - Não compartilhar objetos de uso íntimo com outras pessoas e fazer higiene de objetos de uso comum antes do uso (exemplo: vaso sanitário).


"O USO DE PRESERVATIVOS É O MÉTODO MAIS EFICAZ PARA REDUÇÃO DO RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA AIDS (HIV) E DE OUTROS AGENTES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, INCLUSIVE O HPV".

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