sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Mulher e o complexo de Cinderela

     Durante anos, a mulher foi doutrinada a se responsabilizar pelas atribuições do lar, pelo favorecimento do desenvolvimento do homem e pelo tecer dos relacionamentos. Não foi dado à mulher o acesso ao conhecimento, ao desejo e nem ao direito de posse. O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento masculino, e o desenvolvimento das mulheres definido pelos homens de suas vidas. Raramente era aceito que elas tivessem direito a uma vida própria.



As mulheres cresciam desempenhando um papel que não queriam, algumas vezes, mas acabavam fazendo porque era o que os outros esperavam que elas fizessem. Tinham que ser boazinhas, não podiam demonstrar suas verdadeiras emoções. Rir e falar alto não era permitido, se quisessem mostrar seu descontentamento, portanto, raiva, inveja, irritação, por este papel imposto, a cultura não dava espaço para esta demonstração. Recriminava dizendo que este comportamento era de mulher vulgar e não de moça direita.



Nestas sociedades, por medidas de sobrevivência, todas as mulheres aprendiam a cuidar das crianças. Elas passavam a maior parte do tempo educando, ao mesmo tempo em que zelavam pela alimentação dos filhos. Tudo era dividido e compartilhado. A criança era formada para conquistar a independência.

       As tarefas da mulher eram mais valorizadas do que as do homem. A mulher dedicava-se à coleta, ao cuidado da casa e da família, enquanto os homens pescavam e caçavam. Não se tinha conhecimento da participação do homem na procriação, mas se conhecia claramente a função da mulher, a maternidade. Atribuição esta reconhecida como de muito valor nas comunidades.



     Essa atmosfera de valorização à mulher inicia seu fim com a invenção do machado de pedra lascada e se concretiza com a necessidade da conquista de terras visando o controle do excedente da produção de alimento. O homem passa a ser mais competitivo, ambicioso, frio e calculista. Distancia-se das sociedades matrilineares e constituindo-se no gênero predominante.

     À medida que os valores foram se deslocando do feminino para o masculino, foram se introjetando a vergonha do corpo, a vergonha de ser mulher, e a ver a menstruação como algo sujo e vergonhoso. O desejo sexual passa a ser entendido como pecado, o sexo restrito ao casamento e o orgasmo um prazer masculino. As partes integrantes da mulher – a santa e a profana – foram separadas na medida em que a prática da virtude da verdadeira mulher era ser rigida e submissa e as que fugiam a essa prática eram as mulheres do domínio público, com resposta orgástica, as prostitutas.

    A trágica sina se perpetua com a tirania da medicina entendendo como enfermidade a presença de desejo sexual nas mulheres. Em caso de masturbação elas eram submetidas à clitoridectomia e em casos de mulheres nervosas faziam a ooforectomia.

     A mulher, portanto, passa a ser subjugada ao mundo privado, limitando-se à dura atividade de gerar filhos para arar a terra, defender o estado e conquistar territórios. Perdeu a atuação econômica e a autonomia. O casamento, nesse período da humanidade, advém da coerção e não da escolha.

    Quanto mais a mulher era impedida de trabalhar, mais o casal se distanciava de uma relação de cooperação e independência. A disputa entre as mulheres por um parceiro provedor levou a rivalidade entre as mulheres. Desta forma, os laços afetivos e a cooperatividade, característicos entre as mulheres no sistema matrilinear, ficam em segundo plano, distanciando-se da própria essência feminina. Ou seja, a mulher foi podada no âmago de sua alma, o mundo das emoções, fonte de força e sabedoria interior.

     Essa posição inferior que foi imposta à mulher nas relações conjugais leva-a introjetar esse sentimento de inferioridade que mais tarde se traduz em dependência psicológica em relação ao homem e em carência emocional, que ela supercompensa afetivamente na relação com os filhos,

     A mulher dependente emocionalmente da família entra nas relações conjugais buscando um provedor, o que dá sentido a sua vida. Ela precisa servir para se sentir útil e necessária. Seu mundo é o relacional. Ela foi criada para ser dependente do outro e o homem para ser independente.

    A questão cultural chave com relação à mulher foi de ter desvalorizado as características maternais e relacionais da mulher entendendo assim como um ser inferior, alguém incapaz, de baixo consciente cognitivo, sem ambições, sem desejos.

 “Os valores de cuidado e apego, interdependência, relacionamento e atenção ao contexto foram considerados primários no desenvolvimento feminino”. A cultura patriarcal não só desvaloriza tais valores femininos, prossegue a autora, como vê “a preocupação com os relacionamentos, uma fraqueza das mulheres, e não uma força humana”. 

    O mesmo é observado pela literatura analítica, que entende que a essência da mulher está no campo dos relacionamentos. Entretanto, os instintos, os sentimentos, a intuição, a emoção e a sabedoria perderam sua autenticidade de expressão. Essa particularidade feminina foi desvalorizada pelo patriarcado que exaltava os elementos masculinos, ligado ao social, ao cultural, ao civilizado, à consciência, ao concreto, ao palpável, à razão, ao conhecimento e ao intelecto.

   Certamente a cultura influenciou na formação desta mulher levando-a a não tomar em consideração as suas próprias necessidades e anseios, provocando a cegueira de si mesma e a ausência de conhecimento daquilo que lhe era e é mais caro – sua essência feminina – colocando-a numa posição servil, onde o que ela pensava e sentia não tinha valor, o outro, sim, é que era o centro de sua vida, escopo maior de existir.

      Essa necessidade, portanto, de “pertencer”, de ser “cuidadora”, “boazinha”, “dona de casa” e de ficar a “espera do príncipe encantado”, caracteriza a mulher dependente no plano emocional por perder autonomia, pela falta de liberdade para fazer escolhas e ausência de projetos pessoais. Há que ficar atenta para se perceber se o outro e suas necessidades não passaram a ser mais importantes do que suas próprias necessidades, aspirações e desejos. O Complexo de Cinderela
    Desde os anos 60, o cenário cultural mundial vem sofrendo uma mudança significativa. As mulheres passaram a ser vistas e tratadas de uma maneira diferente.

    Para as mulheres chegarem a essa mudança, um longo caminho foi percorrido. Pois uma sociedade machista e cheia de desigualdades foi sendo passada de geração para geração, e se tornando cada vez mais forte.

     Foi um movimento feminista, comandado pela pioneira Betty Friedan, em meados da década de 60, que começou a mudar esse quadro.
    
     Surgiram os protestos e a pílula anticoncepcional, que deu novos rumos à vida sexual da mulher. Desde então as universidades, o mercado de trabalho e muitas outras áreas foram sendo conquistados pelo poder feminino.

     No entanto, ainda hoje existem muitas barreiras e preconceitos difíceis de serem ultrapassados não só pela sociedade, mas também pela própria mulher.

    Collete Dowling, defende a idéia de que as mulheres não estão acostumadas a enfrentar o medo e superá-lo. Ela aborda um movimento feminista onde se acredita que está profundamente enraizado nas mulheres o desejo psicológico de serem cuidadas por alguém, de serem aliviadas de suas responsabilidades essenciais para consigo mesmas, de serem salvas.

Existe somente um instrumento para obtermos a “libertação” e esse é emanciparmo-nos desde dentro. ... uma rede de atitudes e temores profundamente reprimidos que retém as mulheres numa espécie de penumbra e impede-as de utilizarem plenamente seus intelectos e criatividade. Como Cinderela, as mulheres de hoje ainda esperam por algo externo que venha transformar suas vidas.
(COLLETE DOWLING )

      A autora segue descrevendo esse fenômeno como “Complexo de Cinderela”, que ocorre quando há um sistema de desejos reprimidos, memórias e atitudes distorcidas que se iniciaram na infância, na crença da menina de que sempre haverá alguém para sustentá-la e protegê-la. Independentemente do vigor investido na tentativa dessas mulheres viverem como adultas, a menininha dentro de cada uma sobrevive assombrando seus ouvidos com murmúrios assustados. Essa crença se solidifica na medida em que vai sendo alimentada com o tempo, mantendo na mulher um enorme sentimento de inferioridade, causando insegurança com amplos efeitos, que resultam em todas as espécies de medos interiores e descontentamentos, onde as mulheres tendem em geral a funcionar muito abaixo do nível de suas habilidades básicas.

      Elas passam então a desejar profundamente serem cuidadas por alguém e aliviadas das responsabilidades essenciais para consigo mesmas. Surge uma necessidade e fixação no outro. O que inibe de todas as maneiras a capacidade feminina de trabalhar produtivamente, de comprometer-se com a atividade e obter prazer com ela. Há um mito onde se acredita que a salvação está em estarem ligadas a alguém. Precisar trabalhar pode ser para elas um sinal de que, de alguma forma falharam como mulheres.

   Dowling esclarece que “Nem todas as mulheres sofrem o medo em seu grau agudo ou fóbico. Para a maioria delas ele é uma coisa difusa e amorfa, algo que vai corroendo as bases sem dar mostras”. 

     Há uma tendência dessas mulheres revelarem em sua infância a necessidade de se mostrarem autoconfiantes e controladoras de seus sentimentos. Quando crianças procuram desenvolver as habilidades e qualidades que lhes oferecerão a ilusão de força e invulnerabilidade. Na fase adulta procuram empregos que reforçam a imagem de auto - suficiência. O atributo neurótico surge quando o impulso para a realização se transforma numa compulsão, quando elas não podem não realizar.

     Tendem então a construir uma fortaleza por trás da qual possam esconder sua insegurança e medo. Passo a passo, ano a ano uma espécie de fachada contrafóbica vai sendo desenvolvida. As características básicas que o quadro apresenta são de uma pessoa dominadora, mandona, segura de si própria, querendo controlar de alguma forma o meio a sua volta. Sentem necessidade de articularem e definirem tudo. Em geral possuem presença marcante. As mulheres contrafóbicas têm dificuldades em se relacionarem positivamente, pois sentem necessidade de se sentirem superiores, de estarem “com o controle nas mãos”.

     Essa imagem de autoconfiança projetada são basicamente dominadas pelo medo, mascarando seus sentimentos básicos de insegurança e desamparo.

Esse é “... um modo pseudo-independente que finge possuir auto-suficiência quando, na verdade, por dentro a pessoa é tímida, incerta sobre tudo e temerosa demais de perder a identidade, a ponto de nem ser capaz de se apaixonar.” ( COLLETE DOWLING )

      Quando chega a idade em que supostamente as mulheres estão aptas para o casamento, muitas delas que são excessivamente dependentes acham difícil, senão impossível manter a farsa do ser forte. Durante a adolescência elas conseguiram mais facilmente manter a máscara e alimentar sua dependência, mas agora elas já não anseiam mais por isso. Procuram uma situação na qual possam abandonar sua fachada de auto-suficiência e retornar àquele estado aconchegante da infância que é sedutor para as mulheres, o seu lar. Dessa maneira a circunstância torna-se ideal para uma “vencedora”, pois sua motivação para abandonar toda vida profissional, é o de tornar-se uma dona-de-casa.
Sua disposição de a tudo renunciar pela segurança, não dura muito, pois freqüentemente as mulheres descobrem que o casamento não lhes traz o tão sonhado objetivo.



      Para muitas mulheres o sentimento do desespero lhes fornece coragem para ousarem a ultrapassarem a fronteira do conhecido e aventurar-se a mudarem suas vidas.

   Quando começam a perceber o quanto contribuem para sua própria fraqueza e vulnerabilidade, nutrindo e defendendo sua dependência, essas mulheres começam lentamente a sentirem mais força. Passam a enfrentar seus conflitos e buscam suas próprias soluções, ganhando assim maior liberdade. Ao assumirem suas responsabilidades, deslocam o centro da gravidade do Outro para o Eu. Gradualmente ficam menos inibidas, menos invadidas pelo medo e pela ansiedade, menos artomentadas pelo autodesprezo. Passam a ter menos medo dos outros. Tem menos medo de si mesma.
O “ajustar-se ao papel de esposa” igualmente envolve a renuncia às habilidades individuais. A chave dos grilhões de várias mulheres casadas hoje reside no fato de que não teriam meios de sustento próprio, já que quaisquer habilidades que possam ter desenvolvido antes de se casarem há muito se atrofiaram. (COLLETE DOWLING ) Aprendi que a liberdade e a independência não podem ser arrancadas dos outros – da sociedade em geral, ou dos homens - , mas podem ser ativamente desenvolvidas desde dentro. Para alcançá-las, teremos que renunciar às dependências que vimos usando muletas para sentir-nos seguras. E, no entanto, a troca não é tão perigosa. A mulher que acredita em si mesma não precisa enganar-se com sonhos vazios, com coisas que estejam além de suas capacidades. Ao mesmo tempo, ela não vacila em face das tarefas para as quais se acha preparada. Ela é realista, segura e ama a si própria. Ela está finalmente livre para amar os outros, porque ama a si mesma. Todas estas coisas, e nada menos que elas, constituem a mulher que se libertou. (COLLETE DOWLING ) 


Boa relação familiar é a melhor prevenção contra as drogas

Educação antidrogas pode começar a partir dos seis anos de idade, mas deve respeitar as particularidades de cada faixa etária


Crianças e adolescentes devem ser monitorados, mas amedrontar não é a solução. Diálogo é a chave para uma boa relação
Não é fácil refletir com tranquilidade, sem dúvida ou sensação de ameaça, quando o assunto é o uso de drogas por crianças e adolescentes. As notícias sobre o avanço no consumo de entorpecentes e o surgimento de novas drogas, mais danosas e mortais, geram um sentimento de impotência, parecem nos colocar em um beco sem saída onde qualquer um pode se tornar usuário. Por isso, achei reconfortante ouvir que a boa relação familiar é o melhor programa de prevenção contra as drogas.
Uma dúvida comum entre os pais é sobre o momento de introduzir esse tema na vida das crianças. Quando deve começar a prevenção contra as drogas? “Desde a mais tenra idade”, disse a Professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), coordenadora do Ambulatório de Atendimento ao Adolescente, Denise Michelli Avalone. A maior parte dos estudos científicos preconiza que quanto mais cedo for iniciada a prevenção, melhor.


Primeiro, é importante investir no desenvolvimento e no fortalecimento dos vínculos afetivos entre pais e filhos. Depois, surgem as conversas. Uma educação antidrogas pode começar a partir dos seis anos de idade, mas deve respeitar as particularidades de cada faixa etária. Inicia-se com a prevenção ao álcool e ao tabaco, deixando as outras substâncias para mais adiante. Antes de conversar sobre as drogas mais pesadas, é preciso ensinar o quanto é importante uma boa qualidade de vida e desconstruir a glamorização do cigarro e das bebidas. Nessa fase, a família transmite valores que serão importantes quando houver o contato com as drogas.

Com crianças pequenas, de acordo com a psicóloga, uma conversa sobre outros tipos de drogas só se justifica quando os pais, algum parente ou pessoa próxima forem usuários e se o consumo interferir de alguma maneira no dia a dia delas. Do contrário, antes dos 10 ou 12 anos, não há curiosidade sobre drogas. Diferente do cigarro, que chama a atenção pelo contato direto com pessoas que fumam e pela presença da fumaça.
Referências a substâncias como maconha, cocaína, crack e oxi só entram nas conversas com adolescentes. Apenas por volta dos 14 anos eles têm como abstrair algumas ideias e entender todo o contexto das drogas. Aprendi muita coisa quando a minha filha entrou na faculdade e começou a trazer para casa detalhes do consumo e dos consumidores que eu desconhecia completamente. Até então, não sabia que “bala” e “doce” são nomes fantasia para diversas drogas.


A psicóloga garante que a autoestima e o senso de autoproteção são a base para a prevenção e se desenvolvem em relações familiares com segurança, proximidade e intimidade. É necessário preparar os filhos para o enfrentamento de situações de frustração de maneira positiva. A dificuldade para lidar com o negativo aparece na adolescência quando não houve treino durante a infância. O adolescente com uma boa bagagem emocional pode até experimentar droga, mas não fica preso a ela. Depois de saciar a curiosidade, ele sai.
A professora da Unifesp disse que os adolescentes usuários, que não abandonam o consumo depois de um período de curiosidade, costumam dizer coisas muito parecidas: “O meu pai nunca soube do que eu gosto”, “a minha mãe não sabia com quem eu saia, onde eu estava e nunca conheceu os meus amigos”, “o meu pai nunca soube o nome do meu melhor amigo.”
Crianças e adolescentes devem ser constantemente monitorados, mas a psicóloga recomenda que os pais não adotem um modelo de prevenção baseado em amedrontamento. É importante manter sempre a possibilidade de diálogo e de proximidade. “Monitorar não é revirar o armário, vasculhar a mochila, é acompanhar muito de perto, saber o que está acontecendo com o filho”, explicou.
A família precisa identificar quem está propenso a se envolver com drogas para poder intervir nas relações sociais quando necessário. Para ela, os pais não devem se furtar de limitar e impedir amizades ou relacionamentos que coloquem os filhos em risco. Na avaliação dela, muitos pais e mesmo as escolas não falam nem tomam uma atitude preventiva ou corretiva porque não sabem o que falar ou o que fazer. Mas fugir do assunto é pior.

Ser mãe não é uma maravilha o tempo todo

Por mais que as mães amem seus filhos, existem momentos de sentimentos negativos direcionados a eles


Gina chegou a comentar que gostaria que o bebê voltasse para a barriga, às vezes para protegê-lo e outras por preguiça
Ocorre que, de repente, aquele ser fofinho que descansa graciosamente no berço parece adquirir o dom de acordar quando você finalmente pega no sono. De morder cruelmente o seu peito – muitas vezes já desmantelado - quando você encontra uma posição confortável para amamentar. De fazer sujeiras horrorosas quando não há mais fraldas. Finalmente, aquele ser tão frágil e bochechudo vira a sua vida de ponta-cabeça, age como um inimigo que tem você na palma da mão e é capaz de transformar a mulher mais gentil do planeta em uma verdadeira histérica.
Não, você não é a única a se sentir assim: basta olhar os números de audiência do Scary Mommy, blog que está se tornando um verdadeiro sucesso ao oferecer uma visão diferente do conto de fadas que sempre ouvimos falar e cheia de humor da maternidade. Escrito por Jill Smokler, mãe de três filhos, recebe mais de meio milhão de visitas por mês. O segredo? Mostrar que acreditar em mãe perfeita é mesmo a maior furada. “Acho que os filhos ensinam os pais e os pais ensinam os filhos. Nenhum de nós sabe realmente o que está fazendo – nós apenas fazemos acontecer conforme caminhamos”, brinca ela.


Diferente de muitas mães que se vêem atrapalhadas nos primeiros meses cuidando dos filhos, Jill considera o período em que o récem-nascido chega em casa mais fácil, mesmo que a privação do sono e a falta de comunicação entre a mãe e o bebê seja limitada. Para ela, mais complicado é ter que lidar com os filhos quando eles estão crescendo. “Como mães sentimos nossos corações baterem fora do corpo, por meios dos filhos, e nunca estou totalmente em paz a menos que todos os meus estejam debaixo do mesmo teto que eu estou. Sinto que eles levam um pedaço de mim quando saem, e isso é algo que gera exaustão.”
A tradutora Gina Vannucci admite que, para ela, a parte mais difícil da maternidade foi mesmo perder o resto da individualidade que sobrou com o casamento e que se tornou óbvio logo após ter o seu filho Victor, hoje com seis anos. “Me senti muito assustada, principalmente quando voltei da maternidade, pois aquele serzinho dependia totalmente de mim, independente do que eu estivesse sentindo”, conta.
Em vários momentos chegou a comentar que gostaria que o bebê voltasse para a barriga. “Era por proteção: na minha barriga ele estava bem, alimentado, abrigado contra o frio e calor, ia para onde eu fosse, não corria perigo... Em outras ocasiões pensava isso por preguiça, mesmo, pois não teria de me preocupar em vesti-lo, alimentá-lo, cuidar do bebê”, confessa Gina.


Passaporte para a maternidade
Faz sentindo pensar que a primeira vez pode ser, realmente, mais “traumática” - embora cada caso tenha suas especificidades. “O primeiro filho traz uma carta inaugural na vida da mulher, anunciando que, agora, ela é mãe”, afirma a psicóloga Rosângele Monteiro Prado, terapeuta facilitadora do vínculo “pais-bebê”. “Neste aspecto se inscreve uma lei em que a mãe cuida, atende e dá; o filho fica para receber, e o primeiro filho fica inscrito no sistema familiar para receber e herdar tudo o que há nele”. Assim, o segundo filho é uma experiência diferente na medida em que a mãe já tem uma segurança maior por conta do primeiro e sabe que, mais do que receber, aquela criança uma hora estará ao seu lado conversando e retribuindo amor.
A comerciante Eliane Lorente, mãe de Pietra, de 15 anos, e Matheus, de cinco, concorda que a chegada do primeiro filho é mais difícil. “Não sabia como agir com a minha filha, eu era nova, tudo era novo para mim, me sentia desnorteada”, afirma. “Com o Matheus foi mais tranquilo porque eu já não ficava tão apavorada com o que surgia, os sentimentos eram mais calmos, tinha mais experiência”. Contudo, em ambos os casos a amamentação foi o que a mais traumatizou: “Eu odiava amamentar, não entendia como me falavam que aquilo poderia ser legal, eu sentia cheiro de leite em mim, ficava suada o tempo todo, machucava o meu peito.”





Eliane confessa que não gostava de amamentar os filhos
“A experiência de maternidade é muito particular para cada mulher, inclusive a forma como ela desempenha as tarefas maternas, como amamentar, banhar ou trocar o bebê”, ressalta Eliana Marcello de Felice, doutora em Psicologia e professora da Universidade Mackenzie. “Não existe um padrão do que é certo ou errado: o que existem são situações muito diferentes para cada mãe”. Assim, a relação conjugal, a qualidade do apoio recebido e história de vida são alguns dos fatores que interferem na experiência da maternidade.
A aposentada Branca Burgiaca, por exemplo, ficou frustrada e preocupada quando não conseguiu amamentar sua filha Bruna, nascida prematura há 28 anos. “Me deu pavor ter ficado tanto tempo no hospital e não ter leite, achava que ela fosse passar fome, ficava muito chateada”, conta. Mas a dificuldade maior ainda estava por vir: a mãe simplesmente era incapaz de limpar a filha.


“Cada vez que eu tentava começava a vomitar, sentia o cheiro do cocô e saía correndo, porque me dava ânsia”. A família ajudou na tarefa e Branca admite que jamais trocou ou lavou a fralda da filha. “Sempre tive este problema, conversei com minha terapeuta sobre isso, mas se eu não tivesse ninguém para limpar, acho que a Bruna ficaria suja o resto da vida! Admiro a mãe que consegue, porque eu sei que não conseguirei fazer isso nunca, nem com os meus netos”, afirma a aposentada.


Lugar de mulher-maravilha é nos filmes
As propagandas na televisão, os filmes, as tias-avós. Tudo parece provar que a naturalidade da maternidade nos torna imunes a sentimentos negativos nesta hora da vida. Entretanto, as coisas não são bem assim. “Um dos grandes desafios da mulher atualmente é conciliar seus diversos papéis, porque existe uma pressão social que ela tenha 'sucesso' nos diversos lugares que ocupa na família e na sociedade: de mãe, profissional, esposa, dona-de-casa”, explica Eliana. O resultado disso é assimilação das cobranças externas e pouca tolerância às suas falhas e limitações, o que leva a uma sensação de sobrecarga, culpa e insatisfação.
A psicóloga Vânia Bezerra é educadora perinatal e afirma que diante da pressão, do “mito da mãe perfeita”, poucas pessoas se lembram de perguntar à mãe como ela está se sentindo. “Ela acha que tem que continuar bonita, com a casa arrumada e recebendo visitas intermináveis -, que às vezes ainda resolvem fazer um churrasco quando a mãe está com um recém-nascido de três dias em casa!”, brinca. “Boa parte das mulheres fica num esforço tremendo para não magoar ninguém”.


Depois de acompanhar diversos casos, Vania acredita que a maior dificuldade parece surgir quando mãe ou sogra aparecem para ajudar. Ao invés de ajudar com a casa, refeições ou cuidado com as crianças mais velhas, acabam assumindo o cuidado com o recém-nascido. “Passam a trocar as fraldas, embalar para dormir, muitas vezes querem dar mamadeiras, contra a vontade da mãe”, diz. “Em pouco tempo o bebê pode realmente ficar mais calmo no colo da avó do que no da mãe, e isso é um problemão... Ou seja, de boas intenções o inferno está cheio!”.


Uma pontinha de egoísmo para o bem de todos
Gina conta que já comeu chocolate escondido para não ter que dividir com o filho, já pisou no pé dele com força para mostrar o quanto dói e já pensou algumas loucuras. “Não tenho vergonha disso, passei a me considerar uma mãe melhor quando aceitei ou entendi que, antes de ser mãe, sou um ser que tem necessidades como qualquer outro, que não passei a ser perfeita por isso, que o que dói nele, dói em mim – guardando as devidas proporções, é claro”, ressalta. Seu conselho é amar o filho acima de “quase tudo”, pois, se a mãe abrir mão de tudo pelo filho, além do que ele realmente precisa, vai se sentir mal e cobrar dele por isso um dia.


“A raiva é um sentimento legítimo, está presente em todas as relações humanas, e a relação entre mãe e filho não está isenta desse sentimento, pois há frustração, diferenças e limitações”, diz Rosângele. O fundamental, acrescenta, é que o sentimento seja reconhecido e cuidado. Mas mamães não devem se sentir assustadas apenas por conta de pensamentos negativos que eventualmente surjam no dia-a-dia.
Em doenças mentais do puerpério, como as psicoses pós-parto, os sentimentos adquirem uma qualidade concreta e “escapam” do terreno da fantasia, como observa Eliana de Felice. “Então, aquilo que para uma mãe seria apenas raiva do bebê pode se tornar uma ação no sentido de prejudicá-lo”. Se for este o caso, a ajuda profissional de um psicólogo é mais do que bem-vinda – tanto para a mãe, quanto para o bebê. Afinal, receber o beijo de um filho no futuro faz tudo ter valido a pena.


Quem avisa amigo é...


Jill listou para o Delas cinco coisas que ela não sabia antes de se tornar mãe:
1 – Que ela jamais iria fazer xixi sozinha novamente
2 – Que o corpo que ela tinha antes de ter filhos pudesse um dia se tornar desejável
3 – Que ela jamais iria dormir profundamente de novo
4 – Que sanduíches de creme de amendoim e geléia são realmente deliciosos
5 – Que ela não iria recuar ao limpar fraldas “explosivas”, limpar nariz sujo ou capturar vômitos com as próprias mãos

Mioma pode dificultar a gravidez?

Sim, por ocasionar alterações do útero, que dificultam a implantação do embrião. Porém, não acontece com todas as mulheres.

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    Mioma pode dificultar a gravidez?Sim, por ocasionar alterações do útero, que dificultam a implantação do embrião. Porém, não acontece com todas as mulheres

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    Mioma pode dificultar a gravidez?Sim, por ocasionar alterações do útero, que dificultam a implantação do embrião. Porém, não acontece com todas as mulheres

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    Miomas podem atrapalhar os planos de quem quer engravidar ou trazer complicações durante a gestação
    Tumor benigno encontrado na parede do útero e, em alguns casos, no colo do útero, o mioma atinge mulheres em idade fértil – dos 16 aos 55 anos. Pode não gerar nenhum sintoma, por isso muita gente nem desconfia que tenha.
    Mitos e verdades sobre mioma

    “Os sintomas, quando ocorrerem, dependerão do número, tamanho e localização dos miomas”, diz a ginecologista Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo e médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

    Acontece que o problema pode comprometer os planos de quem quer engravidar ou trazer complicações durante a gestação. “Se, por exemplo, ele se desenvolver dentro da cavidade uterina, vai atrapalhar a fecundação”, diz o ginecologista Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do centro de reprodução humana do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO).
    Quer engravidar? Faça um check up antes

    “A dificuldade pode ocorrer se o mioma uterino ocasionar alterações (deformidades) do órgão que impeçam a implantação do embrião ou distorção da anatomia das trompas. Porém, isso não ocorre em todas as pacientes”, completa Rosa Neme.

    O mioma pode ainda causar gravidez ectópica (quando o embrião implanta em outro local que não a cavidade uterina), induzir ao aborto, parto prematuro, sangramento e provocar dificuldades durante o parto. “Além disso, pode aumentar significativamente de tamanho durante a gestação, devido aos altos níveis hormonais”, alerta a médica.

    Para determinar a necessidade e o tipo de tratamento, cada caso deve ser avaliado pelo ginecologista.
    Segundo os especialistas, dependendo da localização do mioma e da extensão do problema, os tratamentos trazem bons resultados para mulheres que visam uma gravidez.
    Em geral, o procedimento é cirúrgico. “Em casos de miomas submucosos (dentro da cavidade uterina), se recomenda a retirada do tumor por histeroscopia (uma cirurgia na qual colocamos uma câmera de vídeo por dentro do útero, sem cortes externos). Isso aumentará as chances de gravidez. No caso dos demais miomas (intramurais e subserosos), a cirurgia estará reservada àquelas pacientes com muitos sintomas ou com miomas de grande volume”, esclarece a médica Rosa Neme.
    Existem também outras técnicas não invasivas (ExAblate) ou minimamente invasivas (embolização) para o tratamento dos miomas.

    Internação por alcoolismo aumenta em mulheres de meia idade

    Em pacientes acima dos 50 anos, registros cresceram 7,6% em um ano. Em homens, houve queda de 2%.


    O vazio sentido por Laura depois que os filhos, crescidos e encaminhados, saíram de casa foi preenchido por álcool.
    Toda tarde, após deixar o consultório onde trabalha como médica, ela brindava – sem alegria – à própria solidão. O uísque do marido foi encarado como fonte daquilo que acreditava ter perdido com a menopausa. Bebeu até a última gota de incontáveis garrafas. Jamais encontrou o que procurava.


    A médica tornou-se paciente por dependência química aos 56 anos de idade. No ano passado, 1.483 mulheres com mais de 50 anos foram internadas em hospitais de todo País por uso abusivo de álcool, um aumento de 7,2% em relação a 2009, mostra levantamento feito pelo Delas nos dados do Ministério da Saúde. Entre os homens de mesma faixa etária houve decréscimo de 2% neste tipo de internações.

    Apesar dos registros oficiais mostrarem que o encontro com a bebida na meia-idade é crescente, este tipo de alcoolismo feminino tardio permanece invisível para a sociedade.
    “Estas mulheres bebem dentro de casa, longe dos olhos dos filhos, amigos e companheiros”, afirma Silvia Brasiliano, psicóloga do Programa de Atenção à Mulher Dependente Química (Promud), do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).
    Na avaliação de Patrícia Brunfentrinker Hochgraf, médica coordenadora do Promud, este aumento estatístico indica que, aos poucos, o problema começa a aparecer debaixo do tapete. “Procurar ajuda nesta idade é um passo mais recente”, afirma
    “Além de todos os danos resultantes da dependência do álcool, as mais maduras convivem com o estigma de que é feio mulher mais velha beber. As jovenzinhas até são perdoadas. Já elas precisam se esconder.”
    Preferência de risco
    Este uso envergonhado de bebida alcoólica pode até evitar os “porres” em praça pública mas não poupa as usuárias dos riscos. Uma das pacientes em tratamento no Hospital das Clínicas de São Paulo, de 60 anos, sanava a vontade de beber com álcool de limpeza. Tudo para evitar o julgamento do caixa do mercado que ficava em sua vizinhança, onde todo dia ela comprava o produto.
    “Prefiro que ele pense que sou maníaca por limpeza do que uma bêbada que não vive sem vinho”, confessou durante a sessão de terapia que faz parte do tratamento de recuperação.
    Álcool ou remédio?
    Transformar o álcool higiênico em “drinque” é apenas uma das adaptações. De acordo com os especialistas, a maior parte das pacientes com mais de 45 anos utiliza as bebidas alcoólicas como remédio para a tristeza profunda que surge no encalço das mudanças vindas com a idade, como partida dos filhos, separações do marido ou aposentadoria.
    Um levantamento com as pacientes do Promud identificou que 52% delas tinham depressão associada ao alcoolismo. “Elas se ‘automedicam’ com cerveja, cachaça, uísque ou vodca”, compara Ana Beatriz Pedriali Guimarães, psicóloga da Universidade Federal do Paraná, que estudou em seu doutorado as características do núcleo familiar das mulheres alcoolistas com mais de 45 anos.
    Apesar de todas as 30 mulheres pesquisadas por Ana Beatriz terem citado problemas contemporâneos de relacionamento com filhos ou companheiros, uma figura do passado apareceu de forma unânime no discurso das pacientes: a mãe.
    “Todas elas relataram relações conflituosas com a figura materna desde a época em que eram crianças. Em geral, foram filhas consideradas as princesinhas dos pais, disputavam espaço com as mães que, não raro, também eram alcoolistas”, informa a psicóloga.
    O alcoolismo não é o único hábito ruim passado de mãe para filha detectado no estudo. O comportamento violento também aparece na árvore genealógica. As mulheres alcoolistas pesquisadas por Ana Beatriz conviviam com a violência de forma íntima. Tanto no papel de vítimas quanto no de agressoras.
    Este álcool como combustível da agressão familiar aparece no pano de fundo de mudanças consistentes no perfil da violência em São Paulo. Os dados preliminares de 549 homicídios esclarecidos e estudados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), divulgados pela Agência Estado, indicam que os assassinatos dentro de casa passaram de 10% do total em 1999 para 20% em 2010. No ano passado, as mulheres eram 7% das vítimas. Hoje já somam 16%.
    Estresse e espelho
    Na fatura do crescimento do alcoolismo entre as mulheres de meia idade entra ainda o estresse trazido pelas jornadas exaustivas de trabalho. Os dados colhidos pela reportagem no site do Ministério da Previdência Social mostram que, todo dia, quatro mulheres precisam se afastar do serviço para tratar a dependência química de álcool e outras drogas (em 2010 foram 1.498 licenças trabalhistas).
    “O fato positivo neste cenário é que começa um movimento, ainda embrionário, de mudança de postura empresarial”, diz Ana Cristina Fulini, coordenadora terapêutica da Clínica Maia, que atua no acolhimento de dependentes químicas.
    “Alguns poucos departamentos de recursos humanos deixaram de considerar o alcoolismo um problema moral e, sim, uma questão médica. Em nossa clínica, já temos executivas encaminhadas pelo RH de seus trabalhos, um avanço.”
    A pressão enfrentada por estas mulheres não fica centrada no campo profissional e é afetada também pelo espelho. “Independentemente da faixa etária, muitas dizem que bebem para driblar a fome e, com isso, emagrecer (comportamento chamado de drunkorexia)”, completa a terapeuta Ana Cristina.
    Um trabalho conduzido pela psicóloga do Promud Silvia Brasiliano identificou que das 80 dependentes de álcool investigadas, 59% tinham um transtorno alimentar associado. Nos serviços especializados na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi constatado um aumento importante da anorexia na maturidade.
    Três vezes vazio
    A médica Laura, citada no início da reportagem, resume que todos estes componentes por de trás do alcoolismo na meia idade compõem o vazio que é visto, pela maioria, como gatilho da dependência tardia.
    O vazio também está na sala de espera das unidades que tratam estas mulheres, já que maridos e filhos não costumam acompanhá-las no tratamento. Mais uma vez o vazio aparece dentro dos hospitais especializados, já que elas resistem ao atendimento.
    “Abrimos uma unidade feminina e elas (pacientes) não vêm. São resistentes mesmo. Metade dos leitos está vazia. Na unidade masculina, ao contrário, são filas de espera”, lamenta a psiquiatra Alessadra Diehl, coordenadora do serviço feminino da Unifesp em São Bernardo do Campo, aberto há um mês.
    Laura está em recuperação há 15 dias. O vazio primeiro foi preenchido por vergonha. Agora, o momento é de resgate. “Tenho saudades de ser mais ativa e produzir mais. Inclusive a depressão me levou a deixar de trabalhar por prazer. Hoje nem gosto mais de trabalhar, vou por obrigação”. A médica ainda está vazia. Mas agora, acredita, está pronta para se reencontrar.

    Cérebro de viciados em cocaína tem anomalias significativas

    Cientistas detectam alterações nas partes responsáveis pela tomada de decisões, memória e a atenção.

    Cientistas do Reino Unido encontraram "grandes anomalias" no cérebro dos viciados em cocaína, o que poderia explicar o comportamento compulsivo normalmente associado ao consumo dessa droga.
    Os exames cerebrais efetuados indicam uma "forte diminuição da massa" nos lóbulos frontais dos viciados, que afetam funções essenciais do cérebro como a tomada de decisões, a memória e a atenção.


    Karen Ersche, do Behavioural and Clinical Neuroscience Institute da Universidade de Cambridge (Inglaterra), que dirigiu o estudo publicado na revista "Brain", descobriu que quanto mais tempo um indivíduo consumir cocaína, maior é seu déficit de atenção e seu recurso à droga tem caráter mais compulsivo.
    A maioria dos consumidores de cocaína "são pessoas inteligentes, que chegam a todo tipo de extremos para comprar a droga, cada vez mais droga, o que as faz colocar em risco seu trabalho e família", explica Ersche.
    Na pesquisa, a equipe dirigida pela cientista examinou os cérebros de 60 indivíduos dependentes de cocaína e os comparou com os de 60 pessoas que não tinham nenhum histórico de consumo de drogas e identificou "grandes anomalias".


    Concretamente, descobriu uma redução da massa na crosta orbitofrontal, área responsável pela tomada de decisões e o cumprimento de objetivos.
    Entre as outras áreas afetadas pelo consumo de cocaína está a ínsula, que desempenha um importante papel na aprendizagem e na sensação de ansiedade, assim como o cíngulo, responsável pelos processos emocionais e pela atenção.

    ONU alerta para alto consumo de drogas prescritas no Brasil

    Relatório mundial aponta que drogas lícitas estão substituindo as ilícitas no País

    Há um aumento de drogas lícitas, mas uma redução nas drogas ilícitas
    O Relatório Mundial sobre Drogas, lançado nesta quinta-feira pela agência da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC), revela que, embora tenha havido uma estabilização no consumo mundial de drogas tradicionais como heroína e cocaína, há uma tendência de aumento no uso não-medicinal de drogas prescritas, inclusive no Brasil.
    "O uso não-medicinal de drogas de prescrição, como tipos de opioides sintéticos, tranquilizantes e sedativos, ou de estimulantes prescritos, é um crescente problema de saúde em vários países", afirma o relatório.


          Na América do Sul, o documento aponta alto uso de opioides prescritos no Brasil e no Chile. Ambos os países, além da Argentina, também registraram altos índices de consumo de ATS (estimulantes sintéticos do grupo das anfetaminas), em sua maior parte prescritos legalmente como anorexígenos ou para o tratamento de transtorno de deficit de atenção, mas desviados para o uso não-medicinal.


    O relatório diz que drogas prescritas substituem outras drogas ilícitas por serem consideradas menos nocivas, já que são indicadas por médicos, por serem mais baratas que drogas proibidas e por serem mais aceitas socialmente.

    Outro fator para a crescente popularidade dessas drogas, segundo a UNODC, é que pacientes as compartilham ou as vendem para parentes e amigos. O órgão diz que seu uso é especialmente comum entre jovens adultos, mulheres, idosos e profissionais da saúde.
    Internações
    O documento aponta que os efeitos nocivos do maior consumo dessas drogas já é notado: nos Estados Unidos, onde há dados mais detalhados sobre o tema, o número de internações relacionadas a opioides prescritos cresceu 460% entre 1998 e 2008 e já supera o de casos ligados a drogas ilícitas. Entre as pessoas que começaram a usar drogas nos EUA em 2009, 2,2 milhões iniciaram o consumo com analgésicos, número próximo dos que iniciaram o uso com maconha.


    O relatório revela ainda um aumento acentuado nas overdoses causadas por opioides prescritos no país: de 4 mil em 2001 para 11 mil em 2006. Segundo o documento, tendências similares são verificadas em outros países. Outra preocupação apontada pelo documento é a crescente combinação entre drogas lícitas e ilícitas, para acentuar o efeito da droga principal.


    Heroína
    Além do aumento no uso de drogas prescritas, o Relatório Mundial sobre Drogas aponta estabilização no consumo de heroína na Europa e declínio no uso de cocaína na América do Norte - os principais mercados para essas drogas. No entanto, houve aumento no uso de cocaína na Europa e na América do Sul na última década e expansão do uso de heroína na África.


    O relatório aponta ainda que o plantio de ópio (matéria-prima da heroína) e coca hoje está limitado a poucos países, mas que os índices de produção de heroína e cocaína continuam altos. Embora 2010 tenha registrado uma queda substancial na produção de ópio, o documento atribui a queda a uma praga que atingiu áreas rurais do Afeganistão, um dos maiores produtores da droga.


     Fonte: Minha Saúde

    terça-feira, 21 de junho de 2011

    Vacina contra o câncer é testada

    Uma pesquisa conjunta de cientistas americanos e britânicos resultou no desenvolvimenvolvimento de uma nova arma no combate ao câncer: uma vacina capaz de destruir os tumores.
    Os pesquisadores acreditam que o modelo de tratamento possa ser usado algum dia em humanos, com o objetivo de livrá-los do câncer e reduzir os efeitos colaterais das terapias atuais. Segundo o professor Richard Vile, imunologista da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, testes clínicos poderão começar dentro de dois anos.
    O estudo da Universidade de Leeds, na Inlgaterra, e da clínica norte-americana, foi publicado na revista especializada Nature Medicine.
    A vantagem da nova forma de tratamento desenvolvida pelos cientistas está no fato de apenas as células cancerosas serem destruídas - o câncer foi induzido nos roedores para o estudo. Os tecidos em volta do tumor são poupados do "ataque" das células de defesa do corpo (células T).
    A nova vacina foi criada a partir da mistura de diversos fragmentos de DNA para estimular o sistema imunológico - um diferencial em relação às demais vacinas criadas até agora com base na "terapia genética", que se utilizam apenas de um tipo de gene.
    A pesquisa liderada por Vile já mostrou avanços no tratamento de câncer de próstata e melanomas e é candidata a opção de terapia para outra formas agressivas de tumor como os de pulmão, cérebro e pâncreas.
    Uma vez no corpo humano, a vacina com esse gene era responsável por produzir um único antígeno que ativava o sistema imunológico, destruindo as células cancerígenas. A criação dessas vacinas, no entanto, era um desafio para a ciência, já que determinar qual o antígeno específico em questão é extremamente difícil.
    Na pesquisa atual, os cientistas resolveram o problema usando diversos pedaços de genes do órgão afetado, para a produção de diferentes antígenos. Assim, a presença desses múltiplos DNA na vacina foi eficiente para fazer com que o organismo atacasse as células cancerígenas.
    A abordagem não levou o sistema imunológico à fadiga, uma preocupação prévia da equipe de pesquisadores

    segunda-feira, 20 de junho de 2011

    Tire seu filho da frente do computador e relembre sua infância ao lado dele

    Brinquedos das antigas para pais e filhos aproveitarem juntos


    Não é raro ouvir críticas quanto às novas brincadeiras da criançada. Horas na frente do videogame ou do computador e pouco tempo de correria assustam os pais que cresceram com outro tipo de rotina.

    Mas você pode mudar essa situação e ainda se divertir muito com seu pequeno. É só ter um pouquinho de criatividade e de paciência que, rapidinho, ensinando seu filho a entrar no clima e aproveitar a diversão no estilo da infância de antigamente. E o melhor de toda essa história é que você ainda ganha horas de diversão ao lado dele.

    O pediatra Dr. Carlos Brunini afirma que brincar junto aos filhos é um empurrão a mais para garantir uma vida mais saudável para eles. Pais que brincam junto das crianças ganham um ponto positivo sem dúvida, pois proporcionam à criança uma infância mais saudável, afinando a relação de vocês. O Minha Vida separou algumas sugestões bem interessantes, que vão garantir um dia repleto de diversão, tanto para você quanto para seu filho. Aproveite!



    Bicicleta : Existe coisa mais gostosa do que um passeio de bicicletas? Se o pequeno ainda não for acostumado com as pedaladas comece devagar e não hesite em optar pelas rodinhas. Rapidinho ele estará um craque na brincadeira.



    Pular corda: Uma brincadeira perfeita para reunir toda a garotada. Caso não se sinta muita confortável para brincar com o filhote você pode ser um dos batedores e se divertir ao ver seu filho tão contente.



    Bola: Nenhum presente consegue superar as bolas. Elas se encaixam perfeitamente para diversos jogos e deixam as crianças em movimento e muito entretidas. Uma dica é pesquisar o esporte favorito do seu filho, depois é só começar a praticar com ele.



    Pipa ou Papagaio: Uma tarde de sol fica ainda mais completa com algumas horinhas dedicadas a empinar pipa com seu filhote. A brincadeira fica ainda mais gostosa quando vocês trabalham juntos na montagem do brinquedo.



    Pião: Roda, Roda e Roda. Depois de perceber que não é tão fácil assim fazer o peão rodar por bastante tempo, seu filho vai se sentir ainda mais empolgado com o presente. Uma dica é mostrar suas habilidades e deixar o filhote de boca aberta.



    Skate, Patins ou Patinete: Um parque, um dia bonito, companhia dos filhos e ainda um par (ou dois) de patins. São pequenas atitudes que, somadas, podem transformar o dia de uma criança. Não é necessário que todos optem pelo mesmo objeto. Skate e patinete também são sinônimos de aventura, cada um escolhe o que mais se adapte ao seu gosto.



    Àlbum de Figurinhas: As meninas são as que mais se empolgam com esses presentes. Principalmente aqueles de princesas e desenhos animados fofinhos. Os álbuns de figurinhas ainda trabalham com a imaginação e a responsabilidade da criançada. A dica é brincar e comemorar cada nova etapa alcançada com o filhote, como uma página completamente preenchida.



    Jogo do Mico e da Memória : Dias chuvosos também podem ser bem aproveitados longe dos aparelhos eletrônicos. Quem não se lembra daqueles jogos de cartas que tanto fizeram a cabeça da criançada nos tempos mais antigos? Os jogos da memória e do mico são uma ótima opção

    Teclado sujo pode causar infecções

          Quando bate a fome é muito comum as pessoas aderirem a lanchinhos  degustados em frente ao computador. Bolachas, bolos e sanduíches são, geralmente, quitutes cheios de farelos e com 90% de chances de cair entre os vãos do teclado. Uma pesquisa recente feita pela universidade carioca Gama Filho confirmou que o hábito também é responsável pela grande proliferação de micróbios que há no teclado.


          Segundo os pesquisadores, o microbiologista João Carlos Tórtora e a bióloga Vanessa Batista Binatti, o que chamou a atenção para a pesquisa foi o fato de que qualquer lugar possui computadores, até mesmo uma UTI de hospitale, sem cuidados básicos, o objeto pode se transformar em contaminador. 


          De acordo com os pesquisadores, comparando um ambiente hospitalar que possui diversos cuidados com higiene e um ambiente normal com o estado em que se encontra um teclado comum, é possível identificar até 19 vezes mais fungos e 11 vezes mais bactérias na peça, por centímetro quadrado, do que é aceitável em um ambiente comum. Entre as bactérias encontradas no teclado, estavam a Staphylococcus, que provoca reações inflamatórias e a Enterococcus, que provoca infecções.



     Limpe seu teclado 


            Tire proveito do aspirador de pó de casa e use-o para sugar a sujeira que fica entre as teclas. Bocas mais estreitas são mais eficientes para a limpeza. Para quem quiser uma limpeza mais eficiente, vale retirar as teclas com uma chave de fenda. Posicione a ponta da ferramenta entre uma das teclas e movimenta para cima, como uma alavanca. Não use força, porque o teclado é delicado. Tanto na opção de retirar as teclas quanto a de não retirá-las, aposte em uma flanela levemente umedecida para a limpeza e um cotonote para limpar os cantos. Use uma flanela limpa e seca para finalizar a limpeza.

    CADA VEZ MAIS JOVENS SENTEM DORES E LESÕES CAUSADAS PELA TECNOLOGIA



    Não é novidade que os jovens usam cada vez mais tecnologias. Também não é novidade que todo esse tempo gasto em frente às telas pode trazer malefícios. Mas o que é surpreendente são os números descobertos em uma nova pesquisa: mais de 50% dos estudantes universitários disseram que já sentem dores atribuídas ao computador.
    Em 2009, relatórios indicavam que lesões músculo-esqueléticas eram as responsáveis por 29% de todas as lesões e doenças que exigiram licença do trabalho em 2008. Com o uso cada vez mais irrestrito da tecnologia, o risco à saúde das pessoas também começa cada vez mais cedo.

    Crianças, adolescentes e jovens adultos já estão reclamando de desconforto músculo-esquelético, incluindo dores nas costas, pescoço e ombro. Durante um estudo com estudantes universitários, um em cada sete disse que tem dor após trabalhar em um computador por apenas uma hora.Os pesquisadores acreditam que uma das muitas razões pelas quais as pessoas sentem desconforto em várias partes do corpo durante o uso da tecnologia é porque os computadores não estão configurados corretamente.Por exemplo, os laptops têm mouse embutido (touchpad), mas os cientistas recomendam o uso de mouses externos. Quando uma pessoa usa o mouse do notebook, se coloca em uma posição desconfortável, com o braço cruzando o corpo, ao invés de relaxado ao seu lado.Também, dependendo de como uma pessoa posiciona a mão (com 1 a 3 dedos) no teclado, os tendões de um dedo podem ser constantemente alargados, o que pode colocar uma pressão sobre os músculos e articulações. Então, durante um período prolongado de tempo, desconforto nos ombros, braços, pulsos e dedos podem se desenvolver.Além disso, a maioria das pessoas descansa o pulso na borda do notebook para usar o mouse touchpad. Isso é chamado de estresse de contato e pode colocar pressão sobre os músculos, nervos e vasos sanguíneos do pulso.Segundo os pesquisadores, o acréscimo de acessórios como mouse, teclado e objetos que levantem o laptop ajuda na postura.Porém, o mouse do computador é muitas vezes culpado pelo risco aumentado de desordens músculo-esqueléticas, como a síndrome do túnel do carpo, caracterizada pela pressão do nervo, e que causa dormência, formigamento, fraqueza e lesão muscular na mão e nos dedos.A síndrome do túnel do carpo é resultado da extensão do punho e da força excessiva aplicada na ponta dos dedos para pressionar o botão do mouse. Um monte de estresse também é colocado no antebraço, principalmente quando o mouse externo é usado incorretamente. Porém, é melhor usar o externo. Além disso, o mouse deve ficar na altura do cotovelo e posicionado ao lado do teclado, não muito longe.Se um monitor de computador não está posicionado corretamente, também pode levar a vários tipos de lesão crônica para os usuários. Os monitores de computador frequentemente são posicionados baixo demais, o que pode deixar o pescoço do usuário em um ângulo ruim, e com a parte superior das costas inclinadas. Nessa posição, o estresse sobre a coluna vertebral aumenta significativamente, o que também causa fadiga muito mais cedo em um dia de trabalho.Também há quem costuma avançar sobre o computador para ver melhor a tela. Os monitores devem ser posicionados em frente a um braço de distância e perpendicular a uma janela para evitar reflexos na tela.Enquanto isso, os monitores de grande porte que têm maiores ícones e símbolos mantêm os olhos no ângulo certo e dão uma postura mais ereta ao corpo.Muitas pesquisas mostram que há maneiras de evitar certos desconfortos. Por exemplo, crianças e adultos que são mais ativos são menos propensos a sofrer de dores devido ao uso de tecnologia.Da mesma forma, os pesquisadores acreditam que os usuários devem pensar em si mesmos como atletas cada vez que usarem um computador ou dispositivo de tecnologia. É como um jogador de futebol que tem que aquecer antes do jogo.Levantar-se de um computador e andar a cada duas ou três horas é um bom começo. Alongamentos diários para prevenir complicações físicas são o ideal.Para alongar os punhos e prevenir doenças como a do túnel do carpo e a tendinite, os especialistas aconselham juntar as palmas das mãos (dedos apontados para o teto) e empurrar os calcanhares das mãos em direção ao chão, segurando por 15 segundos. Depois, coloque as palmas das mãos juntas com os dedos apontados para o chão e empurre os calcanhares das mãos em direção ao teto.Para esticar o pescoço, você pode inclinar a cabeça para a esquerda e segurá-la por 15 segundos, e depois à direita pela mesma quantidade de tempo

    Uso de álcool pode estar ligado ao acesso frequente a redes sociais

      De acordo com pesquisa do Weill Cornell Medical College, nos Estados Unidos, que será publicada no periódico Addictive Behaviors, jovens que ingerem álcool passam mais tempo no computador para uso recreativo - o que inclui navegar em redes sociais e baixar e ouvir música. 

    O comportamento de 264 adolescentes de 13 a 17 anos dos Estados Unidos foi analisado e os resultados mostraram que aqueles que declararam ter bebido no último mês usaram o computador por mais horas semanais (excluindo uso escolar) do que aqueles que não beberam. Ligações entre o uso de álcool e o acesso a redes sociais e baixar e ouvir músicas foram encontradas. No entanto, os pesquisadores não acharam a mesma relação entre aqueles que usaram o computador para trabalhos escolares, tampouco entre jogos e compras online.

    Embora os fatores que relacionem álcool e internet ainda não tenham sido especificados, os pesquisadores acreditam que a internet expõe os adolescentes a propagandas relacionadas ao uso de álcool e até mesmo a outros adolescentes que bebem - e aqui entrariam as mídias sociais, que permitem o contato entre esses jovens. Isso ressalta a importância da vigilância dos pais em relação ao uso do computador e do álcool, já que essa exposição acontece cada vez mais cedo.

    Outros dados apontam que, geralmente, a primeira experiência dos adolescentes com álcool acontece entre os 12 e 13 anos e a família tem forte papel nisso. Pouca comunicação e supervisão dos pais, conflitos familiares, disciplina inconsistente e histórico de abuso de álcool e drogas na família são fatores que influenciam nesse contato precoce.

    Curiosamente, segundo estudo da Pew Internet and American Life Project, mais de metade dos pais de adolescentes norte-americanos instalou filtros de bloqueio de certos conteúdos em seus computadores, mas isso não é tão comum em pais que possuem filhos mais velhos.

    Esse estudo é o primeiro passo para entender o impacto que a internet e as novas mídias exercem sobre a juventude. Os pesquisadores declararam que outras pesquisas mais sistemáticas serão feitas para entender melhor quais são os potenciais perigos da internet e como combatê-los.

    Controle seu filho sem invadir sua privacidade 

    De acordo com a psicóloga e psicanalista Claudia Finamore, o uso da internet se torna preocupante quando outras atividades são prejudicadas.

    Impor limites facilita o uso da internet sem afetar o dia a dia da criança. Claudia afirma que deixar o computador em um local comum da casa é uma dica para estabelecer limites e tornar o uso da internet algo aberto e franco. "Dessa forma, a criança fica exposta ao olhar dos adultos enquanto navega, o que inibe visitas a sites inadequados e também facilita o controle de tempo dedicado à internet", completa.

    Você também deve saber quando é hora de apertar o cinto. Seu filho acessa a Internet somente aos fins de semana, para entrar em contato com os amigos, verificar emails e até saber um pouco mais sobre determinado assunto. Será que é necessário pegar no pé dele?

    A psicóloga afirma que a percepção dos pais sobre o desempenho escolar e o contato social é crucial nesta decisão. "Se ele consegue conciliar os estudos e os amigos, não há com o que implicar", explica.

    Outro fator a ser levado em consideração é a privacidade. Querer ler os emails dos filhos e saber de conversas que ele tem nos comunicadores instantâneos deve levar em consideração a idade da criança. "É claro que uma criança de 5 ou 6 anos não deve ter livre acesso ao conteúdo da internet, e um monitoramento mais próximo é apropriado", explica.

    Porém, essa relação se transforma quando a adolescência começa e é necessária uma privacidade maior. "A conversa aberta e sincera, permitindo que os pais acompanhem seus filhos sem invadirem seus espaços, é importante e necessária".

    Fonte: Corpo e Saúde 

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    Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Augusto Cury E-MAIL: lu.name.lc@hotmail.com