terça-feira, 27 de setembro de 2011

Depressão pode aumentar risco de AVC

Pessoas com a doença têm 55% mais chances de morrer com derrame cerebral


Uma pesquisa feita na Escola Havard de Saúde Pública, em Boston (EUA), comprovou que pessoas que sofrem de depressão têm mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com os pesquisadores, muitas pessoas ficam deprimidas depois de sofrerem um AVC e essa pesquisa mostra que a relação contrária também é verdadeira.

A análise incluiu 28 estudos com mais de trezentas mil pessoas. Dentro de um período que variou de dois a 29 anos, aconteceram 8.478 casos de
AVC. Pessoas deprimidas apresentaram 45% mais probabilidade de sofrer qualquer tipo de acidente vascular cerebral do que aquelas que não eram deprimidas. Eles também corriam um risco 55% maior de morrer com um derrame cerebral.

De acordo com os pesquisadores, existem muitas teorias que podem explicar a relação entre depressão e o risco aumentado de AVC. Pode ser que as pessoas deprimidas cuidem menos de si mesmas, comam alimentos poucos saudáveis e em quantidades menores, não pratiquem atividade física e caiam em vícios como cigarro e álcool. Todos esses hábitos aumentam o risco de AVC.

Indivíduos com depressão também estão menos propensos a tomar a medicação conforme prescrito. Isso pode incluir medicamentos que controlam a pressão arterial ou o colesterol - essenciais para prevenção de AVC.

Outra descoberta relevante é que as pessoas que tomaram antidepressivos tiveram mais chances de ter um acidente vascular cerebral do que quem que não estava tomando medicamentos para tratar a doença. Os pesquisadores afirmam que isso não significa que as drogas necessariamente causam acidentes vasculares cerebrais. Na verdade, as pessoas que tomam medicação têm uma depressão mais grave, que agrava ainda mais o quadro de risco de AVC. 

AVC é o acidente vascular mais comuns da vida moderna
Segundo o cardiologista do Instituto do Coração (Incor) Bruno Caramelli, o acidente vascular cerebral (AVC) é a causa mais comum de mortalidade em quase todas as regiões do país, exceto São Paulo. "Em países desenvolvidos, o infarto é a primeira causa de morte e o AVC ocupa o terceiro lugar", explica.

O AVC é causado por uma obstrução em uma artéria que leva sangue ao cérebro. Ao parar o fluxo de sangue em uma parte de seu cérebro, esta região é danificada. Você pode perder a capacidade de executar atividades que são controladas por essa área do cérebro, tais como falar ou mover um braço ou uma perna.

O AVC é mais comum em homens que em mulheres. Na maioria das faixas etárias, mais homens do que mulheres terão um acidente vascular cerebral. No entanto, mais da metade do total de mortes ocorre em mulheres. Em todas as idades, mais mulheres que homens morrem de derrame. O uso de pílulas anticoncepcionais, ingestão de doses hormonais, e a gravidez representam riscos especiais às mulheres.

Veja que fatores de risco para AVC podem ser mudados, tratados ou controlados:

Hipertensão
A pressão arterial alta é a principal causa de acidente vascular cerebral e o risco mais fácil de ser controlável. O tratamento eficaz da hipertensão é uma das principais razões para o declínio acelerado das taxas de morte por acidente vascular cerebral. 
 
Tabagismo
Substâncias como a nicotina e o monóxido de carbono do cigarro danificam o sistema cardiovascular de muitas maneiras. O uso de contraceptivos orais combinados com o tabagismo aumenta o risco de AVC.

Diabetes
Muitas pessoas com diabetes também têm pressão arterial elevada, colesterol alto e estão com sobrepeso. Embora a diabetes seja tratável, a presença da doença ainda aumenta o risco de acidente vascular cerebral.

Doenças do coração
Pessoas com doença coronária ou insuficiência cardíaca têm maior risco de acidente vascular cerebral do que aqueles com corações que funcionam normalmente. A cardiomiopatia dilatada (dilatação do coração), doença da válvula do coração e alguns tipos de cardiopatias congênitas também aumentam o risco de AVC.

Colesterol alto
Pessoas com colesterol alto têm um risco maior de sofrer arteriosclerose, a formação de placas nas artérias, que obstrui o fluxo sanguíneo. 

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Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Augusto Cury E-MAIL: lu.name.lc@hotmail.com