A Polícia Civil de São Paulo já tem dois suspeitos da morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, ocorrida noite dessa quarta-feira (18) no campus da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste da capital.
Antes de assassinato na USP, suspeitos abordaram outro aluno
Em entrevista concedida na tarde desta quinta-feira (19), Carrasco divulgou imagens dos dois suspeitos durante uma suposta tentativa de assalto no campus, instantes antes da morte do estudante.
A suspeita só foi possível graças ao depoimento de uma das quatro testemunhas que já foram ouvidas no inquérito. A identidade desta testemunha será preservada pela polícia.
Indagado sobre uma possível reação da vítima como cogitado pelo pai do jovem, Ocimar Paiva, o diretor do DHPP foi enfático em concordar. "Até pelo cenário do crime, com a chave do carro quebrada, e uma das pernas da vítima dentro do veículo, não temos dúvida de que ele reagiu", disse.
"Ele achava que o carro blindado iria salvá-lo"
O pai do estudante acredita que o filho possa ter reagido a um suposto assalto e por isso foi baleado e morto no estacionamento da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP na noite passada ."Ele tinha sido assaltado duas vezes no ônibus e acho que reagiria porque costumava dizer que não entregaria fácil as coisas que batalhou tanto para conquistar", contou o pai.E teria sido por isso que o jovem comprou um carro blindado. "Ele achava que o carro blindado iria salvá-lo", completou o pai, de aco. Seu Ocimar conta que sempre se preocupou com a segurança do rapaz na Cidade Universitária. "Eu tinha receio, porque acompanho as notícias e vi o que estava acontecendo.
Teve uma série de sequestros-relâmpago, lá é muito escuro e não tem segurança nenhuma. Eu falava: 'toma cuidado'. Então eu dizia: 'você não é blindado'. E foi o que aconteceu. Não deu tempo de ele se proteger", definiu Ocimar Paiva.
O assassinato do estudante,reabre o debate se a polícia militar deve ou não permanacer no campus,no jornal do Campus é relatado o grau de violência, " Violência explode no Campus", são relatos de sequestro relâmpagos e até estupros.A sensação de insegurança não é só dos estudantes,é também dos professores e funcionários,diz professor de economia.
Segundo Maíra,presidente do Centro Acadêmico," é necessário melhorar a iluminação e o aumento efetivo da guarda universitária"
O diretor da FEA (Faculdade de Economia e Administração), professor Reinaldo Guerreiro, afirmou nesta quinta-feira que a violência na USP é tema central de discussão na reitoria, que é um desafio controlá-la por causa do tamanho do campus e da polícia desarmada.
A assessoria de imprensa da reitoria informa que o Plano de Segurança se trata de um projeto amplo, ainda em fase de desenvolvimento. Na próxima reunião do Conselho Gestor, a ser realizada em junho, mais detalhes deverão ser apresentados. A expectativa da própria reitoria é de que conteúdo do projeto seja elaborado o quanto antes para combater o aumento dos roubos e seqüestros na USP registrados nas últimas semanas. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo mostram que foram 16, 23 e 44 os roubos de veículos nos meses de janeiro, fevereiro e março, respectivamente, registrados pelo 93º Departamento Policial do Jaguaré, responsável pelas ocorrências na região da Cidade Universitária.
Para o único representante discente no Conselho Gestor do Campus, Adrian Fuentes, estudante do IME, o problema de segurança na Cidade Universitária está mais relacionado à política e questões infra estruturais da Universidade do que à necessidade de mais policiamento. “Nas reuniões do Conselho, as questões de segurança são apresentadas por argumentos baseados mais no medo particular e no terrorismo dos membros do que em estudos sobre a violência na USP”, alega Fuentes, referindo-se à aprovação do desenvolvimento do Plano de Segurança para os campi.
Fonte: Jornal do Campus
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário