quinta-feira, 19 de maio de 2011

Assassinato de aluno reabre discussão sobre segurança na USP


A Polícia Civil de São Paulo já tem dois suspeitos da morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, ocorrida noite dessa quarta-feira (18) no campus da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste da capital.

Antes de assassinato na USP, suspeitos abordaram outro aluno

        De acordo com o diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Jorge Carlos Carrasco, as investigações apontam para crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
        Em entrevista concedida na tarde desta quinta-feira (19), Carrasco divulgou imagens dos dois suspeitos durante uma suposta tentativa de assalto no campus, instantes antes da morte do  estudante.
        A suspeita só foi possível graças ao depoimento de uma das quatro testemunhas que já foram ouvidas no inquérito. A identidade desta testemunha será preservada pela polícia.
         Indagado sobre uma possível reação da vítima como cogitado pelo pai do jovem, Ocimar Paiva, o diretor do DHPP foi enfático em concordar. "Até pelo cenário do crime, com a chave do carro quebrada, e uma das pernas da vítima dentro do veículo, não temos dúvida de que ele reagiu", disse.

"Ele achava que o carro blindado iria salvá-lo"

      O pai do estudante acredita que o filho possa ter reagido a um suposto assalto e por isso foi baleado e morto no estacionamento da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP na noite passada ."Ele tinha sido assaltado duas vezes no ônibus e acho que reagiria porque costumava dizer que não entregaria fácil as coisas que batalhou tanto para conquistar", contou o pai.
      
      E teria sido por isso que o jovem comprou um carro blindado. "Ele achava que o carro blindado iria salvá-lo", completou o pai, de aco. Seu Ocimar conta que sempre se preocupou com a segurança do rapaz na Cidade Universitária. "Eu tinha receio, porque acompanho as notícias e vi o que estava acontecendo.            
    
      Teve uma série de sequestros-relâmpago, lá é muito escuro e não tem segurança nenhuma. Eu falava: 'toma cuidado'. Então eu dizia: 'você não é blindado'. E foi o que aconteceu. Não deu tempo de ele se proteger", definiu Ocimar Paiva.
    
      O assassinato do estudante,reabre o debate se a polícia militar deve ou não permanacer no campus,no jornal do Campus é relatado o grau de violência, " Violência explode no Campus", são relatos de sequestro relâmpagos e até estupros.A sensação de insegurança não é só dos estudantes,é também dos professores e funcionários,diz professor de economia.
Segundo Maíra,presidente do Centro Acadêmico," é necessário melhorar a iluminação e o aumento efetivo da guarda universitária"
   
        O diretor da FEA (Faculdade de Economia e Administração), professor Reinaldo Guerreiro, afirmou nesta quinta-feira que a violência na USP é tema central de discussão na reitoria, que é um desafio controlá-la por causa do tamanho do campus e da polícia desarmada.

       A assessoria de imprensa da reitoria informa que o Plano de Segurança se trata de um projeto amplo, ainda em fase de desenvolvimento. Na próxima reunião do Conselho Gestor, a ser realizada em junho, mais detalhes deverão ser apresentados. A expectativa da própria reitoria é de que conteúdo do projeto seja elaborado o quanto antes para combater o aumento dos roubos e seqüestros na USP registrados nas últimas semanas.  Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo mostram que foram 16, 23 e 44 os roubos de veículos nos meses de janeiro, fevereiro e março, respectivamente, registrados pelo 93º Departamento Policial do Jaguaré, responsável pelas ocorrências na região da Cidade Universitária.



      Para o único representante discente no Conselho Gestor do Campus, Adrian Fuentes, estudante do IME, o problema de segurança na Cidade Universitária está mais relacionado à política e questões infra estruturais da Universidade do que à necessidade de mais policiamento. “Nas reuniões do Conselho, as questões de segurança são apresentadas por argumentos baseados mais no medo particular e no terrorismo dos membros do que em estudos sobre a violência na USP”, alega Fuentes, referindo-se à aprovação do desenvolvimento do Plano de Segurança para os campi.

Fonte: Jornal do Campus

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