sexta-feira, 29 de julho de 2011

Maior parte da população desaprova a união gay


O 8º Seminário LGBT, promovido pelo Congresso, discute o casamento civil entre pessoas 
do mesmo sexo e criminalização da homofobia 

PESQUISA DO IBOPE REVELA QUE 55% DOS BRASILEIROS

DESAPROVAM A ADOÇÃO DE

CRIANÇAS POR CASAIS GAYS

Adecisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que autorizou a união estável para pessoas do mesmo 
sexo ainda gera polêmica no País. Uma pesquisa feita pelo Ibope constatou que 55% dos brasileiros 
desaprova a autorização contra 45% que é favorável. O levantamento foi feito entre os dias 14 e 

18 de julho. O instituto entrevistou 2.002 pessoas em 142 cidades. A margem de erro é de dois 
pontos percentuais.

A pesquisa do Ibope revela que as pessoas que menos se incomodam como o tema são as mulheres,
 os mais jovens, os mais escolarizados e as classes mais altas. O assunto encontra maior resistência nas
 regiões Norte/Centro-Oeste e Nordeste.

Sobre a decisão do STF, 63% dos homens são contra, enquanto apenas 48% das mulheres são da
 mesma opinião. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis. Já os maiores de 50 anos 
são majoritariamente contrários (73%). Entre as pessoas com formação até a quarta série do
 fundamental, 68% são contrários. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% 
não são favoráveis à medida.

Com relação a adoção de crianças por casais homossexuais 55% dos entrevistados se declararam 
contrários. O índice de rejeição é maior entre os homens com 62%. Já entre as pessoas com mais
 de 50 anos, esse percentual é ainda maior: 70% desaprovam a adoção por casais do mesmo sexo. 
Sobre amizade, 73% responderam que manteriam a amizade com quem se revelasse gay, 24%
 disseram que se afastariam e 2% não souberam responder.

“Os dados apresentados pela pesquisa mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem
 restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se 
assumam homossexuais, mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum
 tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável 
ou o direto à adoção de crianças”, analisa Laure Castelnau, diretora executiva de Marketing e
 Novos Negócios do Ibope Inteligência.

Para Ana Paula Gonçalves Copriva, advogada e presidente da Comissão de Direito das Famílias da 
OAB de Rio Claro, ainda existe muito preconceito e vai levar um tempo até que os direitos dos 
homossexuais sejam aceitos pela sociedade.

Ana Paula comenta que vários avanços ocorreram, diversos direitos foram reconhecidos, mas os
 homossexuais desconhecem as leis ou não correm atrás para exigir que elas sejam cumpridas.
 Para a advogada, é preciso haver uma mudança de postura.

A advogada conta que tentou fazer um levantamento no Fórum sobre as ações de reconhecimento 

ou dissolução de união entre casais do mesmo sexo, mas não há dados registrados. Ela ainda 
tentou discutir o tema com vereadores, mas também não obteve resultados. Segundo ela, não existe 
política municipal sobre o assunto, nem um movimento organizado que possa representar essa 
parcela da população. E isso precisa mudar se a cidade quiser avançar no tema.

Em termos de legislação municipal, existe uma lei (4225, de 30 de junho de 2011) que cria o 
Dia Municipal Contra a Homofobia e o Dia Municipal de Combate ao Preconceito, que são 
comemorados nos dias 17 de maio e 23 de setembro, respectivamente.

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Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Augusto Cury E-MAIL: lu.name.lc@hotmail.com