O comportamento de 264 adolescentes de 13 a 17 anos dos Estados Unidos foi analisado e os resultados mostraram que aqueles que declararam ter bebido no último mês usaram o computador por mais horas semanais (excluindo uso escolar) do que aqueles que não beberam. Ligações entre o uso de álcool e o acesso a redes sociais e baixar e ouvir músicas foram encontradas. No entanto, os pesquisadores não acharam a mesma relação entre aqueles que usaram o computador para trabalhos escolares, tampouco entre jogos e compras online.
Embora os fatores que relacionem álcool e internet ainda não tenham sido especificados, os pesquisadores acreditam que a internet expõe os adolescentes a propagandas relacionadas ao uso de álcool e até mesmo a outros adolescentes que bebem - e aqui entrariam as mídias sociais, que permitem o contato entre esses jovens. Isso ressalta a importância da vigilância dos pais em relação ao uso do computador e do álcool, já que essa exposição acontece cada vez mais cedo.
Outros dados apontam que, geralmente, a primeira experiência dos adolescentes com álcool acontece entre os 12 e 13 anos e a família tem forte papel nisso. Pouca comunicação e supervisão dos pais, conflitos familiares, disciplina inconsistente e histórico de abuso de álcool e drogas na família são fatores que influenciam nesse contato precoce.
Curiosamente, segundo estudo da Pew Internet and American Life Project, mais de metade dos pais de adolescentes norte-americanos instalou filtros de bloqueio de certos conteúdos em seus computadores, mas isso não é tão comum em pais que possuem filhos mais velhos.
Esse estudo é o primeiro passo para entender o impacto que a internet e as novas mídias exercem sobre a juventude. Os pesquisadores declararam que outras pesquisas mais sistemáticas serão feitas para entender melhor quais são os potenciais perigos da internet e como combatê-los.
Controle seu filho sem invadir sua privacidade
De acordo com a psicóloga e psicanalista Claudia Finamore, o uso da internet se torna preocupante quando outras atividades são prejudicadas.
Impor limites facilita o uso da internet sem afetar o dia a dia da criança. Claudia afirma que deixar o computador em um local comum da casa é uma dica para estabelecer limites e tornar o uso da internet algo aberto e franco. "Dessa forma, a criança fica exposta ao olhar dos adultos enquanto navega, o que inibe visitas a sites inadequados e também facilita o controle de tempo dedicado à internet", completa.
Você também deve saber quando é hora de apertar o cinto. Seu filho acessa a Internet somente aos fins de semana, para entrar em contato com os amigos, verificar emails e até saber um pouco mais sobre determinado assunto. Será que é necessário pegar no pé dele?
A psicóloga afirma que a percepção dos pais sobre o desempenho escolar e o contato social é crucial nesta decisão. "Se ele consegue conciliar os estudos e os amigos, não há com o que implicar", explica.
Outro fator a ser levado em consideração é a privacidade. Querer ler os emails dos filhos e saber de conversas que ele tem nos comunicadores instantâneos deve levar em consideração a idade da criança. "É claro que uma criança de 5 ou 6 anos não deve ter livre acesso ao conteúdo da internet, e um monitoramento mais próximo é apropriado", explica.
Porém, essa relação se transforma quando a adolescência começa e é necessária uma privacidade maior. "A conversa aberta e sincera, permitindo que os pais acompanhem seus filhos sem invadirem seus espaços, é importante e necessária".
Fonte: Corpo e Saúde
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