sexta-feira, 6 de maio de 2011

1,4 milhões brasileiras fazem aborto por ano,1.000 morrem.

Ocorrem 50 milhões de abortos a cada ano em todo o mundo. Destes, 30 milhões de procedimentos são obtidos legalmente e 20 milhões ilegalmente. Segundo pesquisa divulgada no ano passado pela Organização Mundial de Saúde, seis milhões de mulheres praticam aborto induzido todos os anos.
Destas, 1,4 milhões são brasileiras e uma em cada 1.000 morre em decorrência do aborto. Em função da maioria dos procedimentos serem ilegais, são feitos na clandestinidade e freqüentemente em condições perigosas.  O aborto induzido é punido por lei em quase todos os países. Os legisladores e profissionais médicos têm estado cientes nos últimos trinta anos que os procedimentos inseguros vêm sendo feitos num nível de alta conseqüência para a saúde da mulher e para o custo dos serviços de saúde nacionais. De acordo com o doutor Pedro Paulo Pereira, diretor do pronto-socorro de obstetrícia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o abortamento é considerado completo se ocorrer à eliminação de feto e placenta. Muito de fala em planejamento familiar, o uso de contraceptivos e serviços pode reduzir em muito os níveis de gravidez não planejada, mas a mulher e a família devem obter um acompanhamento do Serviço Social.
          
 Neste assunto dilacerante em cada sociedade, a dificuldade encontrada é medir a proporção do direito da mãe em relação ao da criança que ainda não nasceu. Numa decisão histórica, em 1973, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que a mãe é quem decide até o sexto mês de gravidez. No Brasil, apesar da pressão contrária de católicos e evangélicos, a comissão de juristas que estuda a reforma do Código Penal sugeriu a ampliação dos casos em que o aborto é permitido. A proposta, se aprovada, legaliza o aborto nas situações em que ocorreu violência física ou moral contra a mulher. Outra circunstância em que seria aceito é quando há fraude, como no caso do anticoncepcional Microvlar, que causou gravidez indesejada em várias mulheres.
 A Igreja Católica já avisou que não aceita e vai brigar contra o aborto. "A vida se forma no momento da concepção", justifica dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo. É uma opinião respeitável, fundamentada em argumentos que é impossível não levar em conta. O mesmo se relata na constituição brasileira que garante o direito à vida desde a concepção.
  A Constituição brasileira declara, no caput do artigo 5º, que o direito à vida é inviolável; o Código Civil, que os direitos do nascituro estão assegurados desde a concepção (artigo 2º); e o artigo 4º do Pacto de São José, que a vida do ser humano deve ser preservada desde o zigoto. O argumento de que a Constituição apenas garante a vida da pessoa nascida, não do nascituro, e que nem sequer se poderia cogitar de "ser humano" antes do nascimento é, no mínimo curioso: retira do homem a garantia constitucional do direito à vida até um minuto antes de nascer e assegura a inviolabilidade desse direito a partir do instante do nascimento.
Toda essa discussão em torno do aborto nos remete a questionamentos mais profundos em relação ao que chamamos vida e à determinação do momento em que ela efetivamente surge. Hoje é possível que um bebê seja fotografado, no útero materno, através de uma ultra-sonografia, e o acompanhamento pré-natal, iniciado logo nas primeiras semanas de gestação, proporciona ao feto os cuidados previstos em lei, e oferecidos, gratuitamente, pelos órgãos governamentais, como reconhecimento tácito do direito do nascituro à vida.
O Art. 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente determina que: "A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência".
Na última quarta feira, 04 de maio, o aborto foi o tema da aula de Ética, a sala ficou dividida, como havia de se esperar, já que o tema é polêmico, o professor passou um vídeo, mostrando como era feito o aborto, as consequências, físicas e psicológicas para ambos, no caso da criança sobreviver a um aborto.
A quem pertence o útero? Pertence a criança, que julga esta protegida e segura em seu interior, entretanto onde ficam os direitos da mãe? Mas tirar a vida de um ser também não é um desrespeito a dignidade da mãe? Afinal ela cometerá um infanticídio.
É chocante a imagem de uma mãe jogando sua filha de dias nascida em uma caçamba na rua, ou em um latão de lixo em um hospital um recém-nascido embrulhado em papel toalha, enquanto milhões de mulheres sonham em ser mãe, correm para o juizado de menores quando se deparam com tal cena na mídia.
 Na Idade Medieval Européia as crianças rejeitadas eram deixadas na Roda dos Expostos com intuído de serem batizadas e sua alma salva, a Roda dos expostos foi uma das mais antigas instituições no Brasil, cumprindo importante papel na sociedade, pois por quase um século e meio deu assistência às estas crianças abandonadas.
Hoje, não se usa mais a Roda dos Expostos, mas existem instituições especializadas em adoções, pais a procura de seus filhos de coração, com muito amor e dignidade a lhes oferecer.
Fecho este artigo com uma frase á se refletir.
“Em qualquer hipótese, seja qual for seu valor moral e ético, sempre vai prevalecer o direito a vida”. (Erlan Rodrigues Andrade, Professor de Ética, UniÌtalo)
Fonte: Ministério da Saúde

Video: Depoimento de uma sobrevivente do aborto. 
http://youtu.be/rztaZbzPOro
http://youtu.be/NFPxE30nh8A

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Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Augusto Cury E-MAIL: lu.name.lc@hotmail.com

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