segunda-feira, 13 de junho de 2011

Educação infantil de qualidade ligada a melhor estilo de vida e menos crime

      Educação realmente é o futuro. Um novo grande estudo descobriu que a alta qualidade da educação pré-escolar tem um impacto forte e positivo na idade adulta.

     Mais de 1.400 indivíduos participaram da pesquisa, cujo bem-estar foi monitorado por até 25 anos (começando com os indivíduos em idade pré-escolar, acompanhando-os anualmente até a idade escolar e, mais tarde, periodicamente através do início da vida adulta).

      Os resultados: aqueles que haviam participado de um programa infantil que começava na idade de 3 anos apresentaram níveis mais elevados de escolaridade, socioeconômicos, de habilidades profissionais, e de cobertura de seguro, bem como menores taxas de abuso de drogas, crimes e encarceramento do que aqueles que receberam educação infantil habitual.

           A pesquisa focou nos participantes de um programa de financiamento público de desenvolvimento infantil, que começa na pré-escola e fornece até seis anos de serviço nas escolas públicas de Chicago, EUA.

        Os pesquisadores estudaram o desenvolvimento educacional e social de uma parte da população minoritária, com a mesma idade e de baixa renda (93% eram afro-americanos) que participaram desse programa.
      
    O estudo relata os participantes na idade de 28 anos, quando eles encontraram os resultados mais positivos entre os 957 indivíduos que fizeram parte do programa de pré-escola (especialmente homens e crianças que abandonaram o ensino médio).
      
     Efeitos positivos também foram encontrados em relação à duração dos serviços: os participantes que ficaram de 4 a 6 anos no programa, da pré-escola ao terceiro grau.
     
     O grupo controle de 529 indivíduos da mesma idade participaram de programas alternativos em escolas selecionadas aleatoriamente e que combinavam com seu estado socioeconômico.

      Entre os principais resultados (grupo pré-escolar em relação ao grupo de controle), foram encontrados: 9% mais ensino médio completo (homens 19% mais); 20% maior nível socioeconômico; 19% mais cobertura de seguro de saúde; 28% menos abuso de drogas e álcool (somente homens, 21% menos); 22% menos acusações criminais (a diferença foi de 45% para crianças com abandono do ensino médio); 28% menos experiências de encarceramento ou prisão.
     
 Os participantes que ficaram de 4 a 6 anos no programa (pré-escolar ao terceiro grau) em relação ao grupo de controle com menos de 4 anos de programa, tinham 18% maior nível socioeconômico, 23% mais cobertura de seguro de saúde privado, 55% mais nível de graduação e 36% menos acusações ou prisões por violência.

     Segundo os pesquisadores, quando se segue as pessoas por mais de duas décadas é possível uma compreensão de como as primeiras experiências afetam o desenvolvimento posterior.

       A conclusão é de que uma cadeia de influências positivas iniciada por grandes vantagens na preparação para a escola e envolvimento dos pais leva a um melhor desempenho escolar e matrículas nas escolas de maior qualidade e, finalmente, a um maior nível socioeconômico e de escolaridade.

      Os cientistas dizem que os EUA gastam muito pouco em prevenção. Segundo eles, os programas pré-escolares são alguns dos mais rentáveis (o custo-benefício vale apena) de todos os programas sociais.

      Eles alertam que, já que metade da diferença de desempenho entre crianças de maior e menor status econômico já existe aos 5 anos, as intervenções de educação precisam começar ainda mais cedo.

        Os pesquisadores afirmam que a chave para o sucesso está na qualidade do programa e seus professores, na oportunidade de mais de um ano de participação, em turmas pequenas, em serviços que abrangem a família, em currículos baseados em atividades estruturadas focando linguagem e alfabetização, e na atenção para a continuidade da aprendizagem da pré-escola nas séries iniciais

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Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Augusto Cury E-MAIL: lu.name.lc@hotmail.com

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