terça-feira, 14 de junho de 2011

Sem glúten, mas com sabor

        Alguns anos atrás, produtos duros e sem gosto eram apenas um dos aspectos desagradáveis que as pessoas com sensibilidade a glúten tinham de encarar.
Em menos de uma década, o cenário mudou completamente. Biscoitos, bolos e tortas sem glúten estão começando a ficar em pé de igualdade com suas versões tradicionais.

      Na Babycakes, padaria vegana e sem glúten com filiais em Manhattan e Los Angeles, as roscas de Erin McKenna são tão leves e saborosas que ninguém diria que não levam trigo. E os 'muffins’ integrais de Shauna James Ahern são tão etéreos, fofos e macios que mais parecem doces de outro planeta _um doce, sem gravidade – e melhores do que a maioria dos 'muffins’ de farinha de trigo integral.
Produtos de panificação sem glúten se tornaram mais saborosos à medida que a demanda por eles cresceu. Mais americanos – cerca de 6 por cento da população, segundo o Centro de Pesquisa Celíaca da Universidade de Maryland – descobriram que o glúten presente no trigo, na cevada e no centeio causa problemas de saúde. O nicho de mercado virou mercadoria convencional.
          Isso significa que os produtos sem glúten, antes relegados a lojas de comida natural e lanchonetes alternativas, agora têm presença sólida em supermercados, restaurantes de shopping e estádios de beisebol.
Há 20 anos, o Bob’s Red Mill, de Milwaukie, Oregon, oferece produtos sem glúten entre os grãos e farinhas que vende, mas nos últimos quatros anos ele aumentou sua linha de produtos, que agora conta com 70 itens sem glúten, e viu as vendas crescerem 35 por cento por ano.


      Depois que os supermercados começaram a ofertar farinhas compostas sem glúten e uma ampla gama de farinhas sem glúten, como de batata doce, sorgo, 'teff’ e aveia, produtos que antes podiam parecer esotéricos começaram a ser produzidos em casa. E gomas como as de xantana e guar, que conferem a estrutura e textura obtidas pelas proteínas do glúten (antes só disponíveis em laboratórios e fabricantes de alimentos), agora podem estar numa loja de produtos naturais próxima ou, pelo menos, a um clique do mouse.
       Também houve uma enxurrada de livros de receita para ajudar a se virar numa cozinha sem glúten. “Quando comecei a cozinhar sem glúten, era uma questão de tentativa e erro, fazendo testes com todas essas farinhas desconhecidas, como sorgo e 'teff’, e aprendendo a usá-las”, disse Ahern, autora, ao lado do marido, Daniel Ahern, de 'Gluten-Free Girl and the Chef’ (Wiley, 2010) e do blog popular Glutenfreegirl.com. E os anos de treinamento valeram a pena.

     Segundo McKenna, “cozinhar sem glúten fica melhor à medida que os padeiros, contando comigo, dominam melhor o uso de todos esses ingredientes diferentes”. Ela conta que, quando abriu mão do trigo em 2002, nenhum dos produtos que experimentou era completamente satisfatório. “Eram pesados e secos, não eram bons”. Isso a motivou a inventar suas próprias receitas e, por fim, abrir o Babycakes.



Fonte: Viver com Saúde

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Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Augusto Cury E-MAIL: lu.name.lc@hotmail.com

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